sexta-feira, 29 de novembro de 2024

Cordel

O cordel é uma forma de literatura popular em versos, muito tradicional no Nordeste do Brasil. Ele é caracterizado por narrativas rimadas, geralmente escritas em sextilhas (estrofes de seis versos), que podem contar histórias fictícias, abordar temas históricos, ou tratar de questões sociais e religiosas. Os textos são geralmente impressos em folhetos simples, muitas vezes ilustrados com xilogravuras, que são gravuras feitas em madeira, um dos elementos mais marcantes do cordel.
O cordel tem suas raízes na tradição oral e nos folhetos de literatura popular que circulavam na Europa, especialmente em países como Portugal e Espanha, durante os séculos XV e XVI. Esses folhetos eram pendurados em cordões (daí o nome "cordel") para serem vendidos em feiras e mercados.
No Brasil, o cordel começou a ganhar força no final do século XIX e início do século XX, especialmente no Nordeste, onde a cultura oral era muito valorizada. Os repentistas e violeiros ajudaram a popularizar essa forma de expressão, recitando ou cantando os versos em feiras, eventos comunitários e praças públicas.
Os cordéis abordam uma ampla variedade de temas: Fatos históricos, críticas sociais, religião, moralidade, humor e sátira.
O cordel é uma expressão artística que resiste ao tempo, representando a voz e a identidade do povo nordestino. Ele preserva o uso de uma linguagem acessível e rica em criatividade, sendo uma importante ferramenta de educação e registro histórico.
Hoje, o cordel é reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro, título concedido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) em 2018, o que reforça sua relevância para a cultura nacional. Além disso, a literatura de cordel tem se renovado, ganhando espaço em escolas, universidades e projetos culturais, sendo também adaptada para plataformas digitais.

segunda-feira, 25 de novembro de 2024

Arte afrofuturista

Criar arte afrofuturista é sobre celebrar as raízes africanas enquanto imagina futuros brilhantes, libertadores e criativos para as comunidades negras. A arte afrofuturista  combina elementos da cultura africana tradicional com a tecnologia, ficção científica e temas futuristas para imaginar futuros em que as comunidades negras prosperam e se empoderam. 

As características da arte afrofuturista podem incluir:
Uso de tecnologia avançada como parte da narrativa ou estética visual.
Representações de realidades alternativas ou futuros utópicos.
Padrões geométricos, tecidos tradicionais, máscaras e símbolos da cultura africana.
Elementos que celebram o cabelo, a pele e as formas de expressão das comunidades negras.
Exploração da mitologia africana, religiões afro-diaspóricas e cosmologias.
Combinação de espiritualidade e ciência, criando conexões entre o passado ancestral e o futuro.
Cores vibrantes, metálicas (como dourado e prateado), associadas a temas cósmicos e tecnológicos.
Formas orgânicas e fluidas combinadas com linhas futuristas e minimalistas.
Histórias que desafiem a opressão, imaginando futuros onde pessoas negras têm protagonismo.
Representações de tecnologia como meio de libertação.
Espaço sideral, galáxias, tecnologia espacial, robôs, androides e viagens no tempo.
Criação de mundos imaginários inspirados em culturas africanas.

Como incluir o afrofuturismo na sua arte?
Incorpore elementos Africanos com um toque futurista.
Use formas inspiradas em máscaras ou esculturas africanas com acabamentos metálicos e detalhes tecnológicos.
Crie protagonistas negros em cenários futuristas: guerreiros espaciais, cientistas, xamãs cósmicos ou líderes de civilizações avançadas.
Ambientes tecnológicos inspirados na arquitetura africana ou cidades futuristas na savana.
Implantes cibernéticos, joias tecnológicas, roupas futuristas que remetam a trajes africanos.
Referências a religiões afro-diaspóricas como a Umbanda ou o Candomblé, com elementos de ficção científica.
Inspire-se em obras como o filme Pantera Negra, as músicas de Sun Ra, Grace Jones ou Janelle Monáe e os livros de Octavia Butler.

Exemplos:
kaylan Michel
Karl Schulschenk

terça-feira, 12 de novembro de 2024

Estoicismo x Escala 6x1

Adotar filosofias como o estoicismo não justifica a alienação de aceitar um sistema de exploração do proletariado, como a escala 6x1, sob o argumento de que, em sua individualidade, pretende-se usar o trabalho para aperfeiçoar virtudes.

domingo, 10 de novembro de 2024

Sticker Art

Sticker art é uma forma de arte de rua que usa adesivos (ou "stickers") como principal meio de expressão. Esses adesivos podem ser feitos à mão, impressos, ou produzidos em série, e são aplicados em espaços públicos, como postes, placas, muros, e outras superfícies urbanas. A sticker art, que se desenvolveu dentro da cultura urbana e do graffiti, é mais uma maneira acessível e rápida de artistas divulgarem seu trabalho, comunicarem mensagens, ou questionarem o ambiente urbano.
Essa prática é muitas vezes associada ao "do it yourself" (faça você mesmo) e tem influências do punk e do skate, onde artistas utilizam materiais baratos para criar e distribuir arte pela cidade. Além disso, muitos artistas usam os adesivos para disseminar críticas sociais e políticas, criando uma forma de protesto visual. A sticker art, com sua natureza efêmera e expansiva, tornou-se um elemento importante da arte de rua contemporânea e é encontrada em cidades de todo o mundo.
Londrina, 2019.

Zine

Um zine (ou fanzine) é uma pequena publicação independente, geralmente criada de forma artesanal, que surgiu como uma forma de expressão alternativa e acessível, permitindo a qualquer pessoa criar e distribuir conteúdos próprios sem precisar das grandes editoras. 
O termo vem de "fanzine", uma combinação de "fan" (fã) e "magazine" (revista), e é tradicionalmente associado a subculturas e movimentos contraculturais, como punk, feminismo, movimentos de arte e literatura alternativa.

Tutorial de como dobrar zine de 08 páginas:
https://youtu.be/0eqP0n0Xiqs?si=umFWYiNnjdD9eKuk

Os zines podem incluir uma variedade de temas, poesia, arte, crítica social, política, música, moda, entre outros, e costumam ter um estilo visual muito característico, com colagens, ilustrações, tipografias variadas e uma estética "feita à mão" que reflete a liberdade criativa e o espírito DIY (do it yourself, "faça você mesmo"). 
São distribuídos em pequenas tiragens, muitas vezes de forma gratuita ou a preços acessíveis, e circulam principalmente em feiras, eventos e espaços alternativos.


A Teologia da Prosperidade: Fé ou Mercantilização da Religião?

Nos últimos anos, a teologia da prosperidade tem ganhado espaço em igrejas neopentecostais, prometendo sucesso financeiro e saúde como recom...