Voltando as reflexões pós colóquio, vim falar sobre Sarte e sua visão sobre autenticidade e amor.
Jean-Paul Sartre trata a autenticidade e o amor com uma abordagem que enfatiza a liberdade individual e a complexidade das relações humanas. No contexto da sua filosofia existencialista, a autenticidade envolve viver de acordo com a própria liberdade e aceitar a responsabilidade pelas próprias escolhas, sem se esconder atrás de papéis sociais ou expectativas externas.O desafio da autenticidade surge porque as pessoas tendem a se enganar ou agir de má-fé, tentando escapar dessa responsabilidade, seja através da conformidade com normas sociais ou da negação de sua liberdade.
Quanto ao amor, Sartre acredita que ele envolve uma dinâmica de poder e idealização. Em O Ser e o Nada, ele argumenta que o amor pode ser uma forma de tentar possuir o outro, controlando sua liberdade, o que cria uma tensão constante. A idealização surge quando tentamos fixar a essência da outra pessoa, transformando-a em um objeto de nosso desejo, o que para Sartre, é uma forma de má-fé, pois estamos negando a liberdade tanto do outro quanto de nós mesmos.
Para Sartre, o verdadeiro amor deveria ser baseado em aceitar a liberdade do outro, sem tentativas de controle ou idealização, embora ele reconheça que isso é extremamente difícil. O amor, assim como a autenticidade, é um desafio constante de manter o equilíbrio entre a afirmação de sua própria liberdade e o respeito pela liberdade do outro.
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